quarta-feira, 27 de junho de 2012

Memórias - À descoberta do Porto IV (02/2004)

Sempre que a disponibilidade o permita, tentarei, ao longo de algumas semanas, levar até si algumas memórias de actividades de outros tempos.
Porque as boas memórias deverão estar preservadas no baú das nossas recordações e, de tempos a tempos, cuidadosamente retirá-las, arejá-las.... e carinhosamente partilhá-las... especialmente consigo.  

7 de Fevereiro de 2004



“À DESCOBERTA DO PORTO IV “
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Caminhar e conhecer as freguesias de Paranhos e Ramalde

Quis a mui nobre leal e invicta cidade do Porto, acolher nas suas freguesias de Paranhos e Ramalde, no dia 7 de Fevereiro de 2004, a primeira marcha do ano da Associação Desportiva da Efacec.
Nevoeiro e algum frio não bastaram para arrefecer o ímpeto dos pedestrianistas que marcaram presença no aurorescer do dia.
Quem não deixou os seus créditos por pés alheios, foram os Restauradores da Granja, representados pelo espírito galvanizador e alegre do seu grupo de montanhismo/pedestrianismo.
Na igreja de Paranhos iniciou-se a marcha que calcorreou muitas ruas, avenidas, praças e vielas da cidade. Foram referenciados fontenários, palacetes – alguns em adiantado estado de degradação – figuras ilustres, tanto da cidade como do país, instituições, antigas fábricas, ruas e avenidas.
No Largo das Regateiras, local de pausa, ficámos a saber que daí partiam as estradas para Valongo e Guimarães.
A actual Praça do Marquês de Pombal, hoje a ver nascer uma das principais estações do metro, era o local onde antigamente se comercializava a aguardente, adquirindo talvez por isso o nome de Largo da Aguardente.
Arca-de-Água, um dos mais belos e inspiradores jardins, outrora foi detentor de um enorme e infindável manancial de água que alimentava a cidade!
Enorme espaço com 90.000m2, a Quinta do Covelo, já chamada de Lindo Vale e Bela Vista, fundada em 1720 por um fidalgo da Casa Real, constitui um arejado e aprazível local. Como nota negativa, fica o abandono dado à quinta e às suas diversas capelas particulares.
Nas ruas graníticas, onde a humidade as torna ainda mais escuras e austeras, recordamos também todos aqueles que sucumbiram pela tirania da guerra entre os Absolutistas e Miguelistas.
Em Ramalde, admiramos toda a beleza arquitectónica da entrada da Quinta da Prelada...
O seu estilo de passagem do Barroco italiano para o Rococó e intimamente ligado ao Porto (onde casou e morreu) realizou obras de pintura e de talha, ergueu igrejas, palácios, chafarizes, casas de campo e jardins. Referimo-nos, obviamente, ao talentoso artista plástico Italiano - Nicolau Nasoni.
... Em Ramalde também ficamos muitos tristes com o total abandono e desleixo patrimonial a que está entregue a Quinta da Prelada.
Já cansados, pelas horas em que as nossas pernas sustiveram o peso dos nossos corpos, ficou-nos na alma toda a leveza, encanto e paixão de tão simples, únicos, mas sublimes momentos!

Texto: F. Beça
Nota: Esta atividade foi planeada e desenvolvida pelo nosso companheiro Jorge Ribeiro.















Adefacec 2012 - Promoção e comportamentos de vida saudável e feliz.

6 comentários:

  1. Olá Beça :)
    Olha que a primeira foto não é do Porto !! :)
    Mas sim do Bussaco :P
    Beijinhos

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  2. Olá ângela,

    Tens toda a razão!
    Estas fotos são antigas mas não são desta atividade.
    Hoje, ainda vou ver se as encontro numa pasta que tenho em casa...

    Beijinhos,
    Beça

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    Respostas
    1. Olá Beça
      Uma boa reportagem dos velhos tempos...a foto não foi tirada no
      Buçaco mas nos Jardins da Fundação Eng.António de Almeida na
      Freguesia de Ramalde.

      Um abraço
      Jorge Ribeiro

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    2. Oh Jorge não me referia a esta foto ... mas a uma que o Beça tinha colocado por engano antes :)

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  3. Agora sim :)
    Lembro-me bem desta caminhada :)
    Kiss

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  4. Viva Jorge Ribeiro,
    Tens toda a razão!
    É sempre bom recordar outros tempos...pois vivemos de memórias...
    ...e nesse tempo fizemos belas atividades de montanha!

    Um Abraço amigo,
    F. Beça

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