quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Jovem casal montanhista morre, devido a uma tempestade de neve, numa montanha da Nova Zelândia

29 de Outubro de 2013

 







Foto mostra Hiroki Ogawa e Nicole Sutton em foto divulgada nesta segunda-feira (28). Os dois morreram após ficarem presos numa montanha durante uma escalada na Nova Zelândia.
Uma montanhista morreu na Nova Zelândia logo após ter sido encontrada por equipas de resgate - depois de passar a noite presa numa caverna de gelo ao lado do corpo de seu namorado, que morreu devido às condições climáticas.
Segundo o jornal "Daily Mail", Nicole Sutton, de 29 anos, enviou diversas mensagens de texto para a polícia, a informar sobre a sua localização perto do topo do Monte Taranaki. As equipas de resgate sabiam a exacta localização do casal, mas não conseguiram chegar antes, devido aos fortes ventos.
Nicole e o namorado, Hiroki Ogawa, de 31 anos, ficaram presos durante uma tempestade de neve. Quando a equipa de resgate chegou, encontrou a jovem, ainda viva, com poucos sinais vitais mas consciente e ao lado do corpo do namorado, que tinha morrido durante a noite.
Os médicos tentaram desesperadamente salvar a montanhista, que desmaiou logo depois e morreu. Os corpos foram retirados da montanha na manhã desta terça-feira (29).
O pai de Nicole, Keith Sutton, disse ter recebido a mensagens da filha enquanto ela estava presa na montanha. “Nós sabíamos que a Nicole não acreditava que sobreviveria baseado nas mensagens que  nos mandou”, afirmou.
Nicole e Hiroki estavam juntos há dois anos. Eles se conheceram depois que o rapaz, que era de Tóquio, no Japão, se mudou para a Nova Zelândia.  Segundo a família de Nicole, Hiroki era um montanhista experiente e já havia escalado o Monte Taranaki diversas outras vezes.
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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Uma lenda do montanhismo boliviano - Alain Meseli


 Alain Mesili - Lenda do montanhismo boliviano
Quem procura escalar uma montanha boliviana com certeza já ouviu ou ouvirá falar desse nome: Alain Mesili.
Alain Mesili nasceu em 1949 em Paris, França, viveu a sua juventude na Argélia, mas tornou-se Boliviano, Pacenho por coração. Só aprendeu a ler quando já se considerava quase um adulto, contrastando com uma das suas grandes paixões: A Literatura!

Mesili, não é nem um pouco pacífico. As suas opiniões ácidas na política já renderam prisões e perseguições, tendo inclusive sido preso por cumplicidade com a guerrilha - na realidade a sua prisão aconteceu em 1994 nos EUA e posteriormente foi extraditado para a Bolívia.

Prontamente produziu diversas obras literárias e fotográficas, entre elas os famosos " Los Andes de Bolivia" e " Bolivia - entre pueblos y montañas". Alain já publicou 18 livros. O primeiro foi em 1984, chamado Poemas ao Extremo. "Tive sorte. O livro encantou a Yolanda Bedregal, que o incluiu numa antologia", afirma orgulhoso.
O seu encontro com as montanhas aconteceu após o assassinato de seu pai adotivo. Pelo meio a guerra franco-argelina...após estar abandonado pelos seus pais, foi deixado num albergue infanto-juvenil em Grenoble. "Ali vi estas montanha tão belas", lembra. Aquelas montanhas eram tão atraentes que um dia fugiu para as escalar e perambular pela França, realizando pequenos trabalhos e excursões.

Entre uma viagem e outra, chegou a Chamonix, onde trabalhou como carregador e começou a relacionar-se com os intelectuais franceses da época. Entre eles os filósofos Simone de Beauvoir e Jean Paul Sartre. Pouco antes do famosos Maio Francês de 1968, conheceu uma jovem universitária, que lhe ensinou a ler e escrever em poucos meses, ingressando pouco tempo depois na Universidade de Soborne para estudar letras e história. Durante a sua graduação, trabalhou num editorial de François Maspéro, onde criou o jornal Libération que realizaram as primeiras traduções para o francês dos escritos de Che Guevara.

 "Em 1968 veio a revolução, o mundo mudou. Senti despertar o espírito, o que estava guardado em mim: A consciência, de todas as injustiças que havia sofrido na Argélia e em outros lugares. Era um despertar contra tudo que acontecei, inclusive contra o comunismo praticado na antiga União Soviética. Cuba era o que tinha de mais próximo, pois investia em todas as revoluções da América Latina."

E foi por 'Che' que ele enfim pousou na América Latina. Mesili ao ver a foto de Che, morto, na capa da revista Paris Match, e mesmo sem falar uma palavra em espanhol, decidiu partir. E assim o fez em 1969, num barco cheio de imigrantes italianos, aportando em Buenos Aires.

Na Argentina realizou as suas primeira incursões andinas. Na Patagônia, fez ascensões na cordilheira de Darwin e realizou a terceira escalada do Fitz Roy. "Se eu não vivesse na Bolívia, estaria vivendo hoje na Patagônia. Todo o mito que lá existe é muito atraente" relata.

 Em 1970 decidiu radicar-se na Bolívia. "Eu creio que o que me fez tomar essa decisão foi o caos, o anarquismo a desordem e o fundamento revolucionário que existia. A Bolívia surpreendeu-me. Era um país parado na história, que não se movia. La Paz tinha apenas um edifício, o Alameda, e formavam-se filas e filas de pessoas para se conhecer o elevador!"

Nessa época também conheceu a realidade que viviam os camponeses bolivianos. "Era impressionante como viviam - e como ainda vivem - essas pessoas. Existem povoados muito isolados. Para se chegar a alguns lugares, leva-se dias a pé!"

Começou uma séria de expedições. Aproximou-se do Clube Andino e conheceu diversos andinistas, como Ernesto Sanchez, com quem escalou diversas montanhas, até falecer num acidente, em 1975. "Escalávamos como loucos,", relembra Mesili.

Entre algumas das suas incursões dessa época, relembra algumas: Cruzou o deserto do Atacama a pé ao longo de 22 dias, subindo todos os 'nevados' que encontrara pelo caminho, abriu novas e exigentes rotas no Illampu, Gorra de Hielo, Pico Schulze, Illimani, Huayna Potosi, Condoriri e Ancohuma. Credita o seu sucesso em muitas dessas expedições ao facto de ser cuidadoso. "Vi e perdi muitos amigos em acidentes nas montanhas. Tem que se farejar o perigo e ser sempre cuidadoso!"

No começo dos anos 70 iniciou a sua carreira como guia de montanha com lastro em todo o conhecimento e experiência que possuía. Junto com outro francês, chamado Pierre Vernay, formou a agência TAWA. Em 1981 realizou a primeira travessia à pé pelo Salar de Uyuni. Pouco depois alcançou o título de Guia pela ENSA - Ecole Nationale de Sky et Alpinisme, Chamnix, França.
"Não sou da Associação de Guias da Bolívia porque sempre me excluíram por ser estrangeiro. O andinismo para a maioria dos bolivianos é somente para ganhar dinheiro. É uma realidade muito triste." Atesta, ao afirmar que, com raras exceções, os guias bolivianos não desejam grandes desafios. "O grande problema é que os donos das agências de escalada somente querem vender o Condoriri, o Huayna Potosi e o Illimani. É a rota habitual e disso não se sai. Vão passar toda a vida fazendo o mesmo. Por quê? Porque são as montanha famosas, que os montanhistas estrangeiros procuram, sempre pela rota normal. Raramente uma agência estrangeira oferecerá uma escalada de nível mais difícil aos seus clientes.
Alain critica também algumas agência bolivianas, que "utilizam camponeses para levar guias e equipamentos. Não vou falar se são bons ou maus guias, mas sim que não estão à altura de uma escalada difícil... Eles são muito fortes fisicamente, mas não tecnicamente. Conhecem os caminhos pela memória, mas se acontecer uma tempestade, estarão perdidos. Não sabem ler mapas nem utilizar GPS. Não estudam a montanha, acreditam que se subiram montanhas de 6000 mil metros, as montanhas perdoarão tudo. Não. Uma queda pode sempre acontecer e muitas vezes é mortal!"

Ele ainda ressalta a grande quantidade de trekkings que se pode fazer na região, muitos deles desconhecidos. Dos sítios arqueológicos e de suas particularidades. Afirma que a Bolívia é um dos países latino americanos mais autênticos. Pela sua gente indígena e pela diversidade. "É um país de lugares místicos, carregados de história, de montanhas bela e inexploradas, que dá para fazer da Bolívia o Himalaia do novo mundo, o Tibet dos Andes".

Atualmente, Mesili contabiliza mais de 150 rotas abertas nas montanhas bolivianas, muitas delas como primeira ascensão, e outras tantas nos países vizinhos. Por diversas vezes acompanhou o brasileiro Waldemar Niclevicz nas suas escaladas na cordilheira boliviana. Atualmente ele reside no centro histórico de La Paz e possui uma filha de cinco anos de idade.

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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Marcha|Festa encerramento 2013 - Museu da Chapelaria - 23 de Novembro - S. João da Madeira




Ir a S. João da Madeira e não visitar o Museu da Chapelaria é como ir a Roma e não ver o Papa!!! 



Chapéus? há muitos!

O Museu da Chapelaria, em São João da Madeira, preserva a identidade da cidade que foi a maior produtora de chapéus no Portugal do início do século XX.
A história do Museu da Chapelaria tem de começar a ser contada pelo edifício onde está instalado. Construído em 1914, albergava a "Fábrica Nova" da Empresa Industrial de Chapelaria do industrial António José de Oliveira Júnior. Sendo uma unidade de grandes dimensões, assume uma grande importância na economia nacional. A tal ponto que o governo da época premeia o seu proprietário com o diploma de Mérito Industrial e Agrícola.


Mas as memórias da "Fábrica Nova" não contam apenas sucesso. Apesar de ter sido um modelo para muitas outras fábricas da indústria chapeleira, a sua aceitação não foi pacífica. Ao introduzir maquinaria moderna na produção, a nova fábrica abandona os modos tradicionais de fabrico de chapéus. A mudança traz descontentamento aos trabalhadores da antiga fábrica que veem nessa "revolução industrial" uma ameaça ao seu emprego. Geram-se rebeliões, agitadas pelos movimentos operários da chapelaria. E só param quando os gerentes da fábrica se comprometem a manter todos os postos de trabalho.



Entre as inovações na produção de chapéus, estão dois produtos que fazem a história na Empresa Industrial de Chapelaria e do seu fundador. António José de Oliveira Júnior foi pioneiro na introdução do fabrico do chapéu de pelo, em 1891. E foi ainda o criador do chapéu de lã fina. Uma moda que viria a por em desuso o chapéu de lã grosseiro, até então produzido. Sendo a única empresa do país a possuir as máquinas e a técnica de fabrico desta "novidade" a empresa consegue ainda manter o monopólio das vendas por muitos anos. E prosperar até à década de 60. Mais anos virão, mas já de declínio. Até que em 1995 a fábrica encerra.




Agora, as estórias sobre a prosperidade e o declínio da "Fábrica Nova" são contadas durante as visitas guiadas pelo Serviço Educativo do Museu. "Honramos não apenas a história do edifício como a dos homens e das mulheres que ajudaram a transformar esta empresa e a indústria em geral, num dos mais importantes alicerces do desenvolvimento humano do nosso território", realça Suzana Menezes, diretora da instituição.



Orientada para mostrar os contornos da produção, além do impacto social e económico da indústria da chapelaria, na região, a exposição permanente do Museu reflete sete fases do fabrico do chapéu. Ao longo de cada uma delas, o visitante consegue entrar no mundo fabril. O Museu proporciona uma visita multissensorial que vai muito além da mera observação.



Ouvem-se os sons das máquinas e das ferramentas como se estivessem em pleno funcionamento. É permitido tocar, e até cheirar, as matérias-primas. E a visita não termina sem uma experiência "ao vivo" na bancada da Dona Deolinda. Cabe à ex-operária da Empresa Industrial da Chapelaria mostrar aos visitantes como se fazem os acabamentos finais dos chapéus.





Mas a última sala faz justiça à popular expressão: "Chapéus... há muitos!" Para diferentes modas e todos os gostos. Entre os exemplares expostos contam-se preciosidades como chapéus de presidentes da república. As prateleiras não deixam margem para o pó e a cada dois meses uns chapéus dão lugar a outros. Por isso, "vale sempre a pena voltar ao museu para conhecer as novidades", garante a diretora.







Mas, se a exposição permanente preserva a memória do passado, talvez a sala das exposições temporárias olhe mais para o futuro e mereça igual atenção. O programa de atividades procura ir ao encontro das exigências da comunidade. Não se estranhe que dele tanto possam constar exposições de tapeçarias, como workshops de feltragem de agulha. A diversidade de propostas vai ao encontro das exigências dos vários públicos, adianta Suzana Menezes, e prova a capacidade de inovar das instituições. "Preservamos o passado, mas olhamos de frente o presente e o futuro das nossas comunidades e procuramos ser agentes de mudança e transformação social."
Andreia Lobo| 2013-08-30

Este evento que pretendemos que seja uma Grande Festa de Encerramento para TODOS os montanheiros, só é possível graças ao empenho, dedicação e muito carinho dos nossos bons e queridos  amigos, de longa data, de S. João da Madeira!
Ficar-lhe-emos eternamente reconhecidos!
Bem hajam!

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domingo, 27 de outubro de 2013

XIX Festa do Cogumelo e das Castanhas - Reportagem e fotos.

Temperatura amena. O Sol esconde-se por entre espessas nuvens. Algum nevoeiro.
Foi assim que Salto, abrindo de par em par, as portas do seu Ecomuseu - Casa do Capitão
- o maior embaixador da Vila e um dos ex-libres do Barroso, carinhosamente nos recebeu!





Gostaria de salientar que o seu Ecomuseu, pela sua localização, importância, valor histórico e patrimonial, ocupa  com mérito um lugar de destaque em toda a região norte.
Uma interessante tertúlia sobre cogumelos e uma visita (bem conduzida) pelo seu director, antecederam a saída para o campo e a aguardada caminhada.
Agora, já o Sol, perdendo a timidez, raiava com intensidade! Assim e desta forma, também ele, quis associar-se alegremente à iniciativa e tornar-se, durante toda a jornada, o nosso inseparável e fiel companheiro! Os sons, os cheiros, as cores, emolduravam um quadro, onde a incomensurável beleza paisagística, nos enchia o espírito de sensações únicas de sã alegria, rara beleza, de muita tranquilidade e sobretudo uma enorme paz.  

Formaram-se dois grupos praticamente com o mesmo objectivo: caminhar, admirar a paisagem, observar, apreciar, questionar e fotografar variadíssimos cogumelos. A diferença entre eles é que um foi conduzido pelo nosso companheiro e amigo Duarte - uma das mais conceituadas vozes nacionais sobre micologia.

O outro, foi um trilho guiado. Todo ele belo! Conheceu o seu apogeu numa zona que  ladeando uma linha de água, nos obrigou por diversas vezes a parar para contemplar todo o enorme esplendor da sua infinita beleza. Obrigado Amaro!

De novo no Salto. Mas agora no interior do seu harmonioso parque de lazer, nada melhor, para fazer jus à época e consequentemente ao evento que saborear, num agradável convívio, umas deliciosas castanhas amanhadas à moda do Barroso!


Enquanto uns se espalhavam pela Vila do Salto, tentado conhecer mais de perto os seus cantos, recantos, encantos e alguns desencantos (Igreja nova) outros dirigiam-se para a Casa do Capitão (ecomuseu) onde decorria a exposição micológica!
Entretanto, no outro lado da Vila já a Dª Maria, no interior do seu "Borda d'água" dava as suas últimas instruções para apaladar um saboroso bacalhau e uma deliciosa posta mirandesa. Num convívio que juntou cerca de cem pessoas, ainda tivemos oportunidade de ser presenteados com variadas maneiras de preparar cogumelos que  magistralmente, foram confecionados pelo Solsinho!


Desta forma, terminou, mais um Sábado que completou um, dos três dias, deste memorável encontro. As raízes são sólidas e duradoiras, pois encontram-se cravadas em torno daquilo que mais gostamos - A MONTANHA!
Um bem haja para a Associação Juvenil Aventura da Saúde que, ano após ano, nos continua a oferecer a magia destes inolvidáveis  momentos.


Viva a XX Festa do Cogumelo e das Castanhas!
FB



 




































































































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