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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Memórias - III Marcha de Inverno - Serra da Estrela - 2004

Sempre que a disponibilidade o permita, tentarei, ao longo de algumas semanas, levar até si algumas memórias de actividades de outros tempos.
Porque as boas memórias deverão estar preservadas no baú das nossas recordações e, de tempos a tempos, cuidadosamente retirá-las, arejá-las.... e carinhosamente partilhá-las... especialmente consigo. 


III Marcha de Inverno  -   Serra da Estrela
14/15 de Fevereiro de 2004
Associação Desportiva da Efacec esteve presente

Nascente dos dois maiores rios portugueses, Mondego e Zêzere, único local onde se praticam desportos de Inverno, possuidora de uma imponente paisagem e detentora do estatuto de ser a montanha com maior altitude de Portugal Continental (1193m) – a Serra da Estrela – e o seu parque natural, foi o local escolhido para receber a 14 e 15 de Fevereiro de 2004 a III Marcha de Inverno.
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Com vincada e singular amabilidade, característica comum das suas gentes e demonstrada na nobreza da simplicidade com que nos brindaram, constituíram os ingredientes certos e indispensáveis para mais este evento, promovido pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal e organizado pelo prestigiado Clube de Campismo e Caravanismo da Covilhã!
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Vindos das mais variadas regiões do país, juntaram-se cerca de oitenta pedestrianistas/montanheiros, com destaque para a representação de montanheiros da Associação Desportiva da Efacec. Registamos também com muito agrado a participação de um montanheiro da região autónoma dos Açores!
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Com um percurso algo acessível, onde mais uma vez imperou a boa disposição e satisfeitos pelo tempo primaveril, iniciamos em Pião, futuro PR1 do concelho da Covilhã a “Rota das Fontes”.
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Tivemos o privilégio de calcorrear uma pequena mas bem conservada calçada romana, guiando-nos bem pelo interior de um verdejante lameiro, rodeado pela agressividade inóspita de construções em betão. Estávamos em Cantar Galo local escolhido para uma pequena e retemperadora pausa.
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Mais umas passadas e deparamos novamente com o Parque de Campismo do Pião.
Na incerteza do imprevisto, algumas mesas e cadeiras, uma fogueira, uma esplanada, olhares fraternos, amigos. Mesmo à nossa volta como nos abraçando, frondosos pinheiros, lá mais distante uma estrela, que brilhava bem mais que as outras – a nossa Estrela!!!
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Cúmplices protagonistas neste quadro infinitamente belo, foi-nos oferecida uma suculenta e inesquecível “sopa de pedra”, aconchegada por um bom néctar e realçada por umas soberbas “papas de carolo”. Que delícia!
… Fazia frio…mais que fosse, seria insuficiente para quebrar o calor de tamanha emoção deste singular momento!
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...E assim...
...docemente....adormecemos...!
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… E como num sonho em que não nos apetece sair… encontramo-nos novamente bem no coração de uma montanha, predominantemente granítica, austera mas bela – A Estrela!
Por um trilho guiado, chegamos com facilidade à Quinta da Alçada. Vislumbramos mais uma vez toda a beleza do Vale da Cova da Beira. Aproveitamos para fazer mais umas fotos e saciarmos a sede numa granítica fonte. O sol queimava!
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Uma acentuada e difícil subida conduziu-nos calmamente até ao Picoto com 1335 metros de altitude.
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Refúgio de pastores, abrigo de montanheiros, “Lapa das Cachopas”, encantou-nos! Segundo a lenda, seria local de encontros e de paixões entre pastores e aldeãs...
E este seria o sitio eleito, e bem, para merendarmos.
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Vigiado lá ao longe pelo Curral do Vento, “Lapa do Esgalhado”, cumpre igualmente as condições ímpares de abrigo de montanha.
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Exemplares de pinheiros tipo nórdicos, com folha caduca e rochas que ao longo dos anos, adquiriram, provocadas pela erosão dos ventos, diversificadas formas de pessoas, eram permanentemente observados ao sabor do ritmo melodioso de cada passada.
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Foi com muita tristeza que deparamos com lixo, nomeadamente na Torre. Foi com muita mágoa que observamos construções abandonadas e semi-destruídas. Cenário algo dantesco, se nos lembrarmos que estamos em pleno parque natural.
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Espreitando de novo, o Pião aguardava-nos. Porém, antes do reencontro acontecer, ainda nos obrigou a calcorear uma desgastante, íngreme e derradeira descida e nos fazer transpor parte da estrada primitiva que fazia a ligação às Penhas da Saúde.
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Bem cansados mas felizes, encheu-se-nos a alma de tanta emoção, brotando carinho e gratidão dos nossos corações, cristalizados pela beleza de eternizados momentos!
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....E assim...
...docemente acordamos...!
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Texto: F. Beça
Fotos: Daniel Oliveira e F. Beça
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