Dia de Sol, sem nuvens nem vento, mas com algum frio, sendo no entanto insuficiente para esmorecer a boa disposição que sobressaída do rosto de cada participante. Junto à lagoa, perto do mar e encostado ao rio, iniciamos, no parque de lazer, a nossa caminhada. Bem perto, avistamos um homem que suspenso na sua bateira, e de pé, vagarosamente a faz deslizar sobre a quietude das águas. Ao longe, observam-se pássaros, patos e garças. A chuva que caiu ao longo da semana, fez transbordar a lagoa arrastando para as suas margens algum caniço e bunho. O trilho, torneando a lagoa e práticamente ao seu nível, encontra-se lamacento e com muitas poças de água. A frescura e pureza do ar eram paulatinamente absorvidas pelos montanheiros em aligeiradas e firmes passadas. Lentamente a temperatura sobe, tiram-se alguns agasalhos e ouvem-se os primeiros cliques fotográficos. Enumeras conversas, alguns olhares e espantos, muitos sorrisos. Recortando a terra na perfeição, a água molda a incomensurável beleza da lagoa. Vislumbramos, entre a variada vegetação, o admirável "tricot" executado pela magia de uma simples aranha em torno de envergonhadas mimosas. Tudo está harmoniosamente no seu lugar. Aqui, até o Homem! A caminhada prossegue, pois ao longe a povoação já espreita. Entre o lago e o rio, observando o oceano - Óis da Ribeira - airosa, bonita e simples, complementa o belo quadro. Caminhando ao seu lado , o Águeda, límpido e calmo, transmite-nos sobretudo muita tranquilidade e paz. Sem esforço, nem cansaço, e novamente contemplando a lagoa, perfilam-se ao redor de um observatório de aves, dezenas de alegres montanheiros. As câmaras esperam-nos para "o retrato de família". Aquele que eterniza só os bons momentos.
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