domingo, 19 de março de 2017

Ecovia do Vez - 18/03/2017 - Reportagem e Fotos - Adefacec

 
Monte Talariño, nascente daquele que na mitologia Grego-Romana foi o rio do esquecimento, da dissimulação e que nesse contexto foi profusamente fabulado! Carregadouro e o seu cais. Margem direita com Sol, muito Sol e Sorrisos... muitos Sorrisos...
 
E quis, o último Sábado do Inverno de 2016/17, receber, neste local singularmente simples e magicamente atraente, cerca de três dezenas de montanheiros. Para trás, tínhamos visualizado e deixado cerca dez séculos de história, esculpida nas pedras que deram forma a um dos belos exemplares da nossa arquitetura da Idade Média - Igreja e Mosteiro de Refoios.
 
Com o Sol a emoldurar uma soberba paisagem, onde, a cadência da água, formava, entre as sombras dos primeiros raios de Luz, melodiosos ritmos,  docemente ajustamos o equipamento para dar início ao evento que nos conduziria até umas das mais belas e prósperas terras Lusitanas: Arcos de Valdevez! 
 
O trilho, beijando a margem direita do Lethos - o rio do esquecimento - o mesmo em que o homem não viaja ou passa duas vezes, cadenciou-se por entre a rusticidade minhota da paisagem, algum casario abandonado, a fauna, a flora e recônditos vestígios ancestrais de usos agrícolas. 
A alegria, testemunhada no olhar, no sorriso, na postura da passada, era aqui e ali abrilhantada pelo suor que alguns rostos deixavam transmitir!
Continuando a observar a incomensurável beleza das margens que teimosamente sustêm, aquele que desde os primórdios da existência humana, continua a ser um dos seus principais sustentáculos de vida - a água! 
 
Dentro de elevados valores de partilha e salutar convívio, aliviamos mochilas. Com o corpo repousado e o espírito embebido na multiplicidade paisagística, onde os sons e os aromas harmoniosamente comungam, saciamos o estômago e alimentamos a alma!
 
Deixamos o rio Lima. O Vez, ziguezagueando ao longo de cerca de trinta e seis quilómetros, desde a sua nascente na serra do Soajo, faz a sua aparição! Translúcidas águas que nesta altura do ano, aconchegam, entre outras espécies, bons exemplares de lampreias e trutas. Salgueiros, carvalhos, e amieiros permitem a sombra a tão bucólico e paradisíaco local!   Aqui e ali ainda se avistam pequenos barcos de pesca que nos trazem à recordação as pirogas com que os antepassados dessas paragens se faziam transportar!!!
 
...E a tarde, no último Sábado deste Inverno, aprimorava-se para se deitar. A ponte velha, escutava interessantes conversas dos viajantes, observava os jovens que se divertiam divididos em duas equipas de canoagem e apreciava a festa! As tasquinhas promoviam artesanato e produtos regionais com destaque para  a carne cachena e o arroz tarrestre. Grupos musicais espalham ritmos regionais. O Sol, está baixo. E triste. O ar inala o fumo. No horizonte vemos a arder serranias do Gerês!
 
E assim se despede, na terra que marcou um importante e decisivo episódio da história de Portugal  ligado aos primordios da nossa independência - O Torneio dos Arcos de Valdevez  -  o derradeiro Sábado de Inverno! 
FB
 
Nota: um carinhoso agradecimento a todas/os as/os montanheiras/os e em especial aos que connosco, fizeram o seu batismo na montanha!
 
A NATUREZA É O NOSSO MELHOR MESTRE. ESTÁ LÁ TODA A NOSSA ESSÊNCIA.
 
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