quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Laços, Raizes i Ancantos - Adonde drumir - 18/19 de Febereiro - Miranda de l Douro

Barrocal do Douro: No Douro selvagem constroi-se "a cidade ideal”


Há mais de 50 anos o jovem arquitecto Archer de Carvalho foi enviado ao Douro Internacional para projectar uma barragem que marca a história da arquitectura moderna - A Barragem do Picote.

Aldeia guarda verdadeiros tesouros arquitectónicos únicos no País.


Barrocal do Douro é o que resta de uma aldeia única no País, que ousou ser projectada como uma espécie de cidade ideal. Luxuosa e inigualável, foi concebida, na década de 50, por três jovens arquitectos da Escola de Belas Artes do Porto, que para alojar os milhares de trabalhadores das barragens de Picote, Bemposta e Miranda do Douro, conseguiram transformar as Arribas em verdadeiras obras de arte. Além de bairros diferenciados, destinados aos operários e engenheiros, a localidade contava com uma pousada, piscina e campo de ténis que eram utilizados pelos quadros superiores da empresa. O Barrocal do Douro dispunha, ainda, de um variado leque de serviços, como estação de correios, posto médico, padaria, mercado, refeitório, café e centro de comando e ainda um centro comercial! Outra curiosidade era possuir uma estação de tratamento de água (ETA). Em termos arquitectónicos, o edifício que mais sobressai é a capela de traço vanguardista, que combina com o resto das infra-estruturas projectadas há mais de meio século por Archer de Carvalho, Nunes de Almeida e Rogério Ramos. Mas, se a modernidade, ousadia e criatividade se reflecte nesta aldeia da freguesia de Picote (Miranda do Douro) a degradação também toma conta de bairros e equipamentos, retirando-lhe brilho e beleza. Mesmo assim, mantém a classificação de Património Nacional, atribuída pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR). Sinais de abandono chocam qualquer turista ou habitante. Tectos que abatem, janelas e vidros partidos, persianas desfeitas, vegetação sem controlo, que outrora dava vida a jardins minuciosamente pensados e cuidados, são, apenas, alguns dos sinais de abandono que chocam qualquer turista ou habitante. Contudo, a EDP está a levar a cabo trabalhos de remodelação e requalificação da Pousada que acolheu, em tempos, quadros da empresa e respectivas famílias. As obras estão em curso e reacendem a esperança das poucas dezenas de habitantes que resistem no Barrocal do Douro. “Disseram-nos que a Pousada vai ser utilizada para fins turísticos”, adiantou Margarida Vale, uma habitante local. Apesar do optimismo, o presidente da Junta de Freguesia de Picote, Luís Preto, desconhece as intenções da EDP. “Não sei se vão incentivar ou investir no turismo. Fomos esquecidos e os edifícios deixaram de ser mantidos há muito tempo”, lamenta o autarca. Para já, a certeza é só uma, e entristece Luís Preto. “O Barrocal do Douro era como um bairro de luxo. Em todo o distrito não havia nenhum parecido ou com as mesmas condições”, recorda o presidente da Junta.
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Um dos vários túneis e Pousada (também conhecida por "Estalagem" )

Piscina e Capela

Correios e Escola


Casa dos Engenheiros e Bairro definitivo

Barragem a descarregar e início da obra


ETA (estação de tratamento de água) e leito do rio - 1955


Tunel e Edifício central (barragem)

Inauguração e contrafortes

E Será nesta aldeia, que outrora foi considerada como a "Cidade Ideal" que pernoitaremos, num moderno Centro de Acolhimento Juvenil (Neste edifício agora reabilitado e reconvertido em centro de acolhimento, funcionava o Centro Comercial da "Cidade Ideal") - O Centro de Acolhimento Juvenil do Barrocal do Douro.

Todos os quartos têm casa de banho privativa.

Têm igualmente toalhas e roupa de cama.

Todos têm aquecimento.

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