segunda-feira, 9 de maio de 2011

Redescobrindo Torga - 28.05.2011- S. Martinho de Anta

Percorreremos caminhos desconhecido numa marcha totalmente guiada. Conheceremos de perto os recantos por onde o poeta Miguel Torga, passeava, caçava e contemplava o seu mar de pedra no Reino maravilhoso de Trás-os-Montes.



TRÁS-OS-MONTES, mar de pedras
"Vê-se primeiro um mar de pedras... oceano megalítico..." do Reino Maravilhoso, com nove meses de inverno e três de inferno. O mar de pedras irá emprestar-lhe o olhar, para conhecer as ondas deste Reino de Trás-os-Montes,... certamente ninguém lhe ficará indiferente.



S. Martinho de Anta É a sede de freguesia com o mesmo nome no Concelho de Sabrosa. É terra natal de Adolfo Rocha, o escritor que se imortalizou com o nome de Miguel Torga. Fica esta freguesia situada no Concelho de Sabrosa, entre esta vila e a cidade de Vila Real, distando da sede do concelho 5 km. S. Martinho de Anta consta nas confrontações dos concelhos que foram aforados nos séculos XII e XIII no território das “terras” de Panoias, designadamente, no de Souto-Maior e no de Roalde. Para além da referência a anta, encontram-se outras, como castro e pala, que denotam o povoamento muito mais antigo daquele território. O foral de Roalde menciona nesta localidade, mas também refere que ali viviam pessoas fidalgas, escudeiros e cavaleiros. Por sua vez, nas Inquirições de 1258 pode ler-se: “...e dizem que El-Rei deu esse reguengo a seu padre por um cavalo e por uma mua e por um açor”. Provavelmente, o rei foi D. Sancho I. É até possível, a concluir de documentos da época, que a paróquia onde se integrava Roalde era a de S. Martinho de Anta, que dependia da Sé de Braga. O orago desta freguesia é S. Martinho. A romaria de Verão tem lugar no dia 15 de Agosto, em honra de Nossa Senhora da Azinheira, que é venerada na capela com o mesmo nome, de estilo barroco. A população de S. Martinho de Anta é de 871 habitantes, sendo a freguesia mais populosa imediatamente a seguir à sede do Concelho. No Verão, designadamente, no mês de Agosto, a população aumenta significativamente devido à emigração. Esta freguesia é constituída por seis povoações: S. Martinho de Anta, Garganta, Roalde, Anta, Queda e Fragas, todas elas com electrificação e ligadas por estradas alcatroadas.ToponímiaNão se consegue apurar desde quando, a designação de S. Martinho começa a aparecer como “de Antas” ou “d’Antas”. O certo é que as enciclopédias, Portuguesa/Brasileira, a Luso-Brasileira (Tomo 16 – pág. 1406), O Grande Dicionário da Verbo Universal, se referem a S. Martinho como S. Martinho de Antas. No entanto o povo comum e mesmo os intelectuais, quando falam ou escrevem, utilizam quase sempre a designação no singular, isto é, S. Martinho de Anta. Aliás, a Lei n.º 64/99 de 30 de Junho, que eleva aquela povoação à categoria de Vila diz no Art.º 1º “A Povoação de São Martinho de Anta, no concelho de Sabrosa, distrito de Vila Real, é elevada à categoria de vila”.Caracterização sócio-económicaS. Martinho de Anta engloba no seu termo zonas produtoras de vinho “fino” e zonas altas. As primeiras integram a Região Demarcada do Douro, produzindo mostos para Vinho do Porto e para VQPRD’s de grande qualidade. As segundas caracterizam-se pela produção florestal e pela pecuária extensiva. Começaram recentemente a surgir iniciativas de jovens agricultores com investimentos no domínio horto-fruticultura. S. Martinho é também um importante pólo comercial. Ali têm lugar duas feiras, no dia 6 e 22 de cada mês. Existem na freguesia estabelecimentos comerciais diversos, dos quais se destacam estabelecimentos de restauração e hotelaria.Património Arquitectónico:A Igreja Matriz, a Capela de S. João e a Capela de Nossa Senhora da Azinheira de estilo barroco, constituem a parte mais significativa do património monumental religiosos da freguesia.Equipamento Social e Acessibilidades:Esta freguesia é servida por carreiras diárias com origem em Vila Real, em direcção à Sede de Concelho e com destino à estação dos caminhos de Ferro do Pinhão. Possui também uma praça de táxis. No que respeita a serviços de saúde regista-se a existência de uma Extensão do Centro de Saúde com médico permanente e uma farmácia. Em S. Martinho de Anta existe também uma Estação de Correios, Escolas de Educação pré-escolar e do 1º ciclo do Ensino Básico.Vida Cultural:Actividades desportivas e recreativas, possui esta freguesia o Centro Social, Cultural e Recreativo, a Associação Miguel Torga, de Solidariedade Social, que gere o centro de Dia local e o circulo cultural Miguel Torga. Esta Associação é de âmbito nacional, tem sede na freguesia e, sendo embora de criação recente, possui sócios de todo o país e destina-se a promover iniciativas de estudo e divulgação da obra de Miguel Torga. Do seu plano de acção cultural consta a criação em S. Martinho de Anta do Museu Miguel Torga. De notar que há muitos visitantes desta terra que ali vão só para conhecer a terra de Torga, a sua casa e os sítios que inspiraram parte significativa da sua obra. Artesanato:No domínio do artesanato deve considerar-se a actividade de tanoeiros, cesteiros e ferrador. Será certamente uma caminhada que jamais esquecerá.



Sabrosa também conheceu outros homens ilustres como o grande navegador Fernão de Magalhães. Nasceu em Sabrosa, na primavera de 1480 — Faleceu em Cebu, Filipinas a 27 de Abril de 1521. Foi um navegador português que, ao serviço do rei de Espanha, planeou e comandou a expedição marítima que efectuou a primeira viagem de circum-navegação ao globo. Foi o primeiro a alcançar a Terra do Fogo no extremo Sul do continente Americano, a atravessar o estreito hoje conhecido como Estreito de Magalhães e a cruzar Oceano Pacífico, que nomeou. Fernão de Magalhães foi morto em batalha em Cebu, nas Filipinas no curso da expedição, posteriormente chefiada por Juan Sebastián Elcano até ao regresso em 1522.


Percorreremos caminhos desconhecidos, para muitos, numa marcha totalmente guiada. Conheceremos de perto os recantos por onde o poeta Miguel Torga, passeava, caçava e contemplava o seu mar de pedra no Reino maravilhoso de Trás-os-Montes.





Agora retrocedo, leio os versos,
Conto as desilusões no rol do coração,
Recordo o pesadelo dos desejos,
Olho o deserto humano desolado,
E pergunto porquê, por que razão
Nas dunas do teu peito o vento passa
Sem tropeçar na graça
Do mais leve sinal da minha mão...


(Enxerto de um poema de Adolfo Correia da Rocha , in “Diário VII” que viria a imortalizar-se com o nome de Miguel Torga.)


Este Grande Evento de montanha só será possível graças ao apoio, solidariedade e colaboração, desde a primeira hora, da nossa estimada companheira e amiga transmontana, Alda Rocha.


PARCERIA: Adefacec/Restauradores da Granja.


********* BREVEMENTE DAREMOS MAIS INFORMAÇÃO ********** o


Promoção de comportamentos de vida saudável e feliz.


Adefacec2011Adefacec2011

Sem comentários:

Enviar um comentário